Sunday, November 25, 2007

Gustav Klimt (1862 - 1918)

Na verdade, eu conheci o trabalho de Gustav Klimt (biografia) por causa de Elfen Lied.

Ontem eu fui assistir ao filme novo do Hector Babenco, O Passado (próxima resenha, espero!) e eis que o personagem de Gael Garcia Bernal, Rimini, deixa de ir à exposição de Klimt. Confesso que fiquei um pouco decepcionado com isso, mas o filme mostra O Beijo (1907), e foi então que eu me dei conta do que estava acontecendo.

A obra de Klimt mostra a beleza do cotidiano, exaltando cores e ornamentos. Suas paisagens têm uma frugalidade quase incoerente e suas pessoas, sentimentos emergentes. Klimt se modifica conforme o referente inercial, mas parece luz, às vezes. Com os traços quase geométricos que pode representar a formatação dos elementos da pintura como imperfeitos, porém com a beleza assustadora; ricocheteiam nos limites da pele ou superfície.

A arte erótica dele é quase um absurdo. A cena de uma mulher que se satisfaz com o toque do luxo a envolvendo apresenta tanto erotismo quanto os estudos sobre a nudez (II e III). E os corpos jogados ao trâmite limite do êxtase, da sobriedade e da quietude das coisas belas. Os sonhos dentro do corpo e a inocente idéia de estar-se só dormindo são idéias presentes na obra, bem como no Simbolismo da época. Além de mais nada, Klimt.

Fez, também, retratos. Mas não fê-los como um retratista qualquer, novamente exalta a tonalidade e a forma livre dentro dos ornamentos, roupas e luxo presentes junto às mulheres que houve de pintar. Sóbrio, rebuscado e exaltador de uma beleza que nem sempre é tão visível.
Existencialismo apenas exagerado, a idéia de retratar o que se vê como ele vê, a beleza no corpo exposto. É como o desejo que se desperta novamente em uma pessoa frígida. Literalmente e literariamente, Klimt é Klimt.