Tuesday, August 5, 2008

Os Intocáveis

As duas melhores cenas de todos os tempos do cinema. Os Intocáveis.

Eu assisti rindo a Corra Que A Polícia Vem Aí (alguma coisa) fazer uma paródia exagerada e absurda de uma cena que envolve as escadarias de uma estação de trem, carrinhos de bebês, policiais e bandidos. Hoje, eu vi de onde saiu. É a melhor cena que eu já vi. A cena que me fez gritar nessa madrugada que eu amo e odeio o Brian DePalma; eu o amo por ter a chance de ver essa cena, e eu o odeio por ter destruído todo e qualquer sonho de tentar fazer filmes.
Por mais banal que este comentário pareça, este é um filme feito de cenas. Excelente. Desde o trabalho do senhor Giorgio Armani e o figurino, até a ousadia absurdamente bem caída da trilha sonora, as graças a Ennio Morricone. A penúltima seqüência do apartamento da 1634 Racine Av. é a segunda melhor cena que eu já vi. O suspense, a saliva que se perde na garganta, os olhos inquietos. E a raiva solenemente desferia em aplausos soltos no quarto sem pessoas. Só eu e os pixels.


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Faz tempo que não conseguia escrever nada aqui; não que alguém acompanhe, mas peço desculpas pelo comentário escasso.
Posso acrescentar que ficar acordado valeu a madrugada suja e triste que eu tinha até então.

Wednesday, February 20, 2008

Antes do Amanhecer

Diálogos persistentes em grandes e longas seqüências extremamente naturais. E tudo isso Antes do Amanhecer.

Não poderia fazer uma crítica imparcial sobre esse filme, eu me apaixonei por essas duas personagens bem desenhadas no filme. A história casual de um casal ao acaso que, por acaso, houve de se encontrar num trem a caminho de Viena. Celine, a francesa intelectual que fala mais de uma língua, e Jesse, o típico americano limitado em viagem pela europa. Primeiras impressões nem sempre ficam.
Eu gosto muito de analisar o nome das personagens de um filme. E esse filme, ao dizer os nomes (o que ocorre uma vez, apenas) ainda dá a dica de qual interpretação pode ser mais apropriada. Jesse é o bandido forasteiro que vem roubar a mocinha que estuda na La Sorbonne.
É piegas demais dizer que fez-se um guia para futuras paixões incendiárias? Segui-lo, porém, machuca os corações envolvidos. Uma faísca logo que desata no gás a brilhar e brilhar e brilhar até que não faça mais sentido brilhar sem ter combustível.

Sim, estou enrolando, é que não quero revelar nada sobre o filme.
E raro, mas nem tanto, há uma continuação tão boa quanto o próprio filme, Antes do Pôr-do-Sol, e muitas emoções e um pouco de política de novo.

P.S.: São dois dos meus filmes favoritos, mas não vou fazer resenhas sobre eles, exatamente por esse motivo.